quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

A figura repugnante do empresário de jogador

Já se tornou clichê criticar os empresários de jogadores, agora chamados de agentes. Mas não custa entrar mais uma vez no mérito do assunto. Vejam o caso do goleiro da seleção e do Botafogo, Jéfferson, que tem sido, certamente, influenciado pelo seu agente para não ficar no clube.

O Botafogo enviou por e-mail nesta terça-feira (6) uma proposta para o jogador e o agente argumentou que o e-mail foi muito curto, de apenas seis linhas. Como se o tamanho do texto fizesse diferença na negociação.

O que quer o agente do Jéfferson é ganhar em cima do Botafogo e do próprio jogador, que tem identificação com o clube e boa vontade de ficar.

Agora surge uma possível proposta do Santos e um argumento de que Jéfferson seria santista. Logo o Santos, que pelo que soube está com dificuldades financeiras.

Tudo para tirar do Botafogo um ídolo, que está acima de interesses particulares. O que representa o Jéfferson para o Botafogo é muito maior do que qualquer vantagem financeira.

O clube vive uma nova realidade financeira e vem apontando o caminho, que deveria ser seguido por outros clubes brasileiros.

Não pode um jogador ou um técnico de futebol continuar ganhando quase 1 milhão de reais.

O Botafogo estabeleceu um teto de R$ 50 mil, mas abriu exceção para Jéfferson que, pela sua qualidade e importância, ganharia aproximadamente R$ 400 mil.

Em vista do que ganha o trabalhador assalariado no país, R$ 50 mil já é muita coisa.

Gostamos de futebol, mas não podemos mais aceitar este inflacionamento.

Para o bem do futebol brasileiro, isto precisa mudar.

Afinal, depois dos 7 a 1, o futebol brasileiro precisa ser tratado de outra maneira.

Com mais cuidado, tudo bem que profissional, mas menos como negócio e sim como uma paixão que mexe com milhões de pessoas.

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