quarta-feira, 10 de abril de 2013

Julgamento de Seedorf se transforma em grande espetáculo



Seedorf dá autógrafo e sorri no julgamento, que teve uma grande cobertura (Fotos: Fábio Leme/ Globoesporte.com)

Acompanhei por alto o julgamento de Seedorf ontem (terça-feira, 9), pois estava numa reunião; e só agora estou podendo postar sobre o ocorrido. Seedorf foi advertido, o que significa que não é mais réu primário, o que pode prejudicá-lo em possíveis julgamentos futuros. A relatora do processo pediu a suspensão do jogador por um jogo, o que foi convertido para uma advertência pelo fato dele ser réu primário. Mesmo assim, ele teria de cumprir a suspensão pelo cartão vermelho, mesmo que fosse absolvido, o que não está na regra nem no regulamento do campeonato, mas parece ser um acordo tácito. O Botafogo ainda estuda pedir a revisão do resultado do processo e tentar a absolvição do jogador, o que poderia também fazer o tribunal rever a decisão e até mesmo aumentar a pena do jogador.
O que me chamou mais atenção em todo este episódio foi o que Juca Kfouri já havia comentado desde a atitude do árbitro, que quis aparecer em cima de Seedorf. Pelas informações do Globoesporte.com, até o fato de Seedorf ter ido ao banheiro ontem foi motivo de risadaria geral no tribunal. E olha que antes, ele já havia sido dispensado pela relatora por conta da exibição do vídeo da expulsão dele. Depois voltaram atrás e foi aí que descobriram que ele estava no banheiro, uma coisa normal, mas por se tratar de Seedorf ganha contornos de espetáculo. Entendo que as pessoas se mostram encantadas com o craque do Botafogo. Eu mesmo estes dias me peguei pensando que na Copa de 98 via Seedorf como um grande jogador, vendo-o atuar pela seleção da Holanda. Nunca imaginaria que um dia o veria no meu time. Mas uma expulsão é uma coisa normal no futebol, não para Seedorf, claro. Por isto tanto estardalhaço.
Para se ter a ideia do quanto o julgamento de Seedorf foi um fato que atraiu a atenção, o mesmo foi transmitido em tempo real pelo Globo Esporte. com, além do tradicional acompanhamento on-line pelo site da Justiça Desportiva. E mais ainda. O julgamento durou  duas horas e 15 minutos, um tempo acima do normal, causado pela curiosidade dos procuradores, que fizeram várias perguntas ao surinamês naturalizado holandês. Inclusive, uma pessoa chegou a pedir autógrafo ao ídolo. Outro detalhe curioso foi que o jogador do Madureira que foi ao tribunal como testemunha saiu como réu, pelo fato de ter caído em contradição no depoimento depois de dizer que não se lembrava do que aconteceu na partida, mesmo tendo concedido uma entrevista ao Globo Esporte, onde se gabou de ter atiçado o árbitro a expulsar Seedorf.
Wesley Machado

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